30 março 2007

Sábias palavras!

Perguntaram ao Dalai Lama...
"O que mais te surpreende na Humanidade?"
E ele respondeu:
"Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer......e morrem como se nunca tivessem vivido"

imagem e texto reproduzidos de: http://www.herodoto.com.br

contato: vicente.candido@gmail.com

20 março 2007

GERAÇÃO AUTO-DIDATA EM TECNOLOGIA EDUCACIONAL


O uso das tecnologias na educação tem provocado muitos educadores. Educadores que, certamente, encontram-se incomodados com o futuro e com o presente da escola.
Da mesma forma com que nossos alunos estão conhecendo e dominando essas tecnologias, vem surgindo um grupo de ex-alunos preocupados com a formação destes atuais alunos.
Então, a meninada está se auto-gerindo, se organizando e se preparando para o futuro. Mas o que é o futuro se não nos basearmos em experiências anteriores, onde aprendemos errando e aperfeiçoamos nossa prática docente?
Conversando com uma colega especialista em informática educacional na escola pública, pude notar a preocupação e o zelo existente em vários dos projetos criados especialmente para a formação de professores, só que, quem acaba sendo protagonista destes projetos são os alunos. Os alunos, nossa principal fonte de experiência, acabam nos ensinando sempre. E o interesse despertado nos alunos, segundo essa companheira, experiente educadora, foi a melhor maneira de incluir digitalmente os professores nos projetos! E ainda, se valendo desse plano, a coisa vem dando certo! Não é nada absurdo. Pelo contrário, é uma alternativa criativa, motivadora e eficaz! Os professores estão aderindo aos projetos e utilizando o computador. Essa busca do conhecimento constante por parte dos alunos visa preencher lacunas vivenciadas por eles mesmos; curiosidades que não são despertadas por nós, seus professores. Será que é assim que deve funcionar? Uma geração de auto-didatas se preparando para resolver os próprios problemas com ênfase na sociedade da informação? E os mediadores deste processo? O uso do computador, que pode ser considerado como um dos principais meios tecnológicos utilizados atualmente, remete essa geração ao desfrute dos benefícios e da praticidade oferecida para os momentos de aprendizagem. E nós professores? Quando vamos estar preparados para essa geração?
Recentemente após a leitura de um livro* que narra a busca de um executivo pela própria essência e espiritualidade, pude acompanhar como é possível abandonar uma brilhante carreira para se tornar monge, e depois poder ensinar de forma clara e agradável os princípios fundamentais de liderança. Será que é preciso fazer com que nossos professores busquem sua essência para poder saber lidar com nossos atuais alunos?
Chego a conclusão de que, somente depois de dar o melhor de nós no trabalho educativo e podermos nos relacionar melhor com nossos alunos, além de sabermos nos relacionar melhor com nós mesmos através da troca de idéias e de discussões constantes, poderemos então, abrir novos horizontes em nossa forma de lidar com os outros. Será preciso nos tornarmos pessoas melhores para lidarmos com essa geração!
A responsabilidade do professor, (que já é tanta!) deve incorporar ainda mais, esses ingredientes!
Pense nisso.
Até mais!


*O Monge e o Executivo – Uma história sobre a essência da liderança - Hunter, James C. / Ed. Sextante - 2005

imagem: http://www.caboverde.com.br/img/fusao.jpg
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O COMPUTADOR E AS MONOGRAFIAS DE FINAL DE CURSO


Olá amigos,
Depois de uma pausa na regularidade dos meus textos*, venho dizer algo sobre as monografias de final de curso universitário. Todos nós ficamos muito angustiados na fase final de qualquer curso de graduação ou pós-graduação no momento específico da monografia, não é mesmo?Pois é, não é para menos: instruções metodológicas, leituras, anotações, revisão do orientador, mudança de tema no meio do caminho... são tantas coisas!E ainda, os prazos! Cronogramas!Como dizem nossos alunos: ninguém merece!Mas, todos nós sabemos da relevante importância da reflexão proposta através das monografias.Qualquer texto monográfico é um momento particular seu, diante do seu futuro e de suas pretensões profissionais. Trata-se de um "divisor de águas", um "marco referencial" de uma carreira que venha pela frente; quando falamos da primeira graduação, ou de uma parada para atualização e reflexão para revisão de atitudes profissionais, quando é um texto de pós-graduação.De qualquer maneira, a monografia é um mecanismo particular de empenho e dedicação para sua formação. Digo particular, por conta dos momentos que você precisa estar diante de você mesmo e de sua profissão. Diante de vários questionamentos, várias decisões e indecisões, e o melhor: depois da primeira monografia você realmente tem certeza do quê quer fazer de sua vida profissional e do que não quer fazer. Começamos pelo tema: a mudança de temas durante o período de desenvolvimento do texto inicial é natural, pois qualquer formação possibilita vários olhares para o mesmo assunto, portanto, surge certa indecisão sobre o que escrever. Em outra situação eu diria: "relaxe", mas, no caso de uma monografia, é impossível relaxar! Devemos cumprir os prazos e o cronograma não nos espera, e mais: temos o Orientador! Esse professor experiente e dedicado que lê milhares de textos sobre os mais diversos assuntos que nós, pobres formandos, sequer imaginamos como ele consegue tempo para ler, revisar e comentar tantos assuntos ao mesmo tempo! Você já parou para pensar sobre isso? Bem amigos, o fato é que, mesmo nessa angústia produtiva, o computador se faz presente. E é por isso que resolvi comentar um pouco sobre isso, porque todos que escrevem seus textos de final de curso dependem muito do computador e, ainda hoje, culpam a tecnologia se algo dá errado nesse momento tão importante e decisivo.Quantas vezes já ouvimos colegas dizendo que perderam todas as suas anotações, todos os capítulos e todos seus e-books por conta de um vírus?Quantos colegas, no momento crítico da gravação dos arquivos finais, não sobrepuseram um texto em branco no lugar do arquivo original? Pois é, esses e outros contratempos surgem por conta da nossa velha pressa. Tenho poucos conselhos para esses momentos, e um deles é que você precisa se familiarizar o quanto antes com o computador, porque, mais cedo ou mais tarde você vai esquecer de um detalhe que poderá comprometer toda uma produção intelectual e decisiva na sua carreira. Nessa hora, não adianta você culpar o computador por possíveis falhas técnicas, você precisará dar conta do seu material, do seu aprendizado enquanto produtor de opiniões e ainda, dos prazos determinados pelo Orientador! O que importará mesmo é manter seus objetivos profissionais bem claros e a qualquer custo. Esse texto, em tom de desabafo, tratou de algumas das angústias e reflexões de um profissional de informática educacional com 20 anos de experiência fuçando com essas máquinas e que reafirma: ninguém está livre dessas angústias, nem mesmo este colunista que vos fala. Pense nisso, até mais!

*Motivo da pausa: escrevendo monografia da pós! (2006)

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NAVEGAR É IMPRESCINDÍVEL!


Amigos, há muito tempo a informática deixou de ser uma coisa do outro mundo. Acredito que, quem procura acompanhar de perto o desenvolvimento da informática educacional nas escolas, sabe do que estou falando. Se você ainda não está interagindo bem com essa ferramenta, seja um observador do comportamento de seus alunos e você verá que navegar é preciso!
É muito fácil ouvir: “Te mando por e-mail!” ou “Peguei no site www.....”, mas na hora em que você se vê pensando em usar o computador na sala de aula, não sabe muito bem o que fazer com ele.
Na verdade, o computador parece ser coisa do outro mundo mesmo e, nós só o procuramos quando precisamos “acessar o e-mail” ou navegar “naquele site”, ou ainda, ler “a linda mensagem que recebemos daquela amiga do sul”,... Enfim, nós professores pensamos em nossos conteúdos e matérias, projetos e provas, diários..., já estamos cheio de coisas para pensar e ter preocupações!
Além disso, professores também vivem tendo que arranjar um tempinho para estudar e ainda cumprir com todos os compromissos docentes, porque não arranjar mais um para se dedicar a essa ferramenta por alguns minutos do seu dia, estudando essa máquina?
Sem medo!

Receita para navegar

Ingredientes:
1 computador pessoal (PC = personal computer),
1 conexão com a internet,
1 assunto em pauta,
1 professor crítico e atento,
1 cadeira ergonômicamente confortável.


Modo de preparo:
Disponibilize um tempo razoável (uma tarde, uma manhã...) e acompanhe todos os passos à seguir:
Ligue o computador. Posicione-se confortavelmente na cadeira e olhe para o monitor na sua frente. Conecte-se à web.
Após se conectar, busque assuntos de seu interesse. Use os serviços de busca para que, através de uma palavra-chave, você encontre o que precisa. Pode ser o seu hobby, pode ser algo relacionado à sua área de atuação. “Navegue” pelos links disponíveis. Perca tempo com isso! Somente experimentando você entenderá a complicada linguagem do computador e, conseqüentemente, seus alunos. Observe as dificuldades que você terá. Quando navegamos por este mar de informações chamado internet, nossos horizontes se ampliam e o professor-pesquisador tem que despertar. Tem muita coisa boa na web, mas também tem muito lixo eletrônico. Levando em conta o seu nível de dificuldade operacional, vá mais lento ou acelere sua busca, selecionando os links cuidadosamente.
Aceite recomendações de site, comece analisando seu conteúdo, entendendo sua lógica de disposição das informações: o menu principal oferece quais links? Algum te interessou?
Então clique nele e leia, leia tudo e discorde, discuta e critique! Ao navegar, dedique seu precioso tempo para observar criticamente o material que você tem em mãos. Afinal, nem todos os sites disponibilizam informações 100% corretas! Se você ficar em dúvida sobre um assunto e sua fidedignidade, saiba que você terá 99% por cento de chance de que seu conhecimento é o que vale. Principalmente se for algo relacionado à sua disciplina. O tempo de pesquisa pode variar de acordo com sua disponibilidade. É impossível esgotar uma pesquisa em pouco tempo, sabemos disso. O que vale mesmo é a interatividade, a sua
atualização profissional. Aperfeiçoe a sua prática! “Plugue-se” no mundo!

Rendimento:
Não haverá rendimento se você não acrescentar o seu conteúdo à porção existente na web.



AS DIFERENTES TRIBOS, SUAS LINGUAGENS E O COMPUTADOR


Amigos Professores,

Venho percebendo mais um dentre os fatores que podem colaborar para que você não utilize o computador: As novas “linguagens” que estão surgindo. Quem nunca ouviu falar do “msn” e os “naum”, “ateh”, “blzz”, e outras “palavras”? Conversando com companheiros da área de língua portuguesa, pude perceber que eles têm mais essa preocupação: Uma língua difícil, da qual poucos têm o domínio completo e, principalmente nossos alunos do ensino fundamental e médio, no momento em que estão tomando gosto, ou não, por ela, mergulham nesse palavreado esquisito.
E o culpado por tudo isso, além de todas as dificuldades que possamos ter ao acessá-lo, é o computador.
Cuidado, pessoal, com a mania dos humanos de arranjar culpados para tudo e esconder suas próprias lacunas, e todos nós as temos. Jogar a culpa em cima de uma máquina passa então a ser uma simples fuga. Realmente é uma situação pela qual temos que ter muito zelo, pois afinal, essa linguagem pode comprometer toda uma geração acadêmica!
Imaginem seus alunos ingressando nas universidades, escrevendo TCC´s e monografias, depois artigos e teses, sendo orientados por mestres da tribo dos “naums”?!
Seria o caos sequer imaginarmos essa possibilidade! Esse é o lado ruim dessa coisa. Tem lado bom? Talvez a comunicação on-line...mas e daí? Não tínhamos o telefone e éramos tão felizes? E o tal do “torpedo”? Celular?
É um mar de coisas informatizadas que estamos disponibilizando para nossos filhos e alunos. Talvez isso redobre a atenção dos professores diante das correções de trabalhos escritos. Agora, o que vemos novamente é o exagero no uso dos computadores, não pela quantidade de horas que as crianças dedicam a ele, porque mesmo nós, adultos, quando precisamos concluir algo, ficamos por horas “digitando” ou “teclando”, como eles dizem, baixando arquivos, imprimindo,... exagero na sub-utilização desse recurso. Quem não gosta de ler o horóscopo pelo site? Quem não gosta de enviar um e-mail para alguém que está fora do país?
Conforme o amadurecimento dos nossos alunos vai surgindo, o refino em seus relacionamentos necessitará de um contato “telefônico”, daquele que a gente tem em casa, no criado-mudo ou na sala em uma mesinha chamada “mesa-do-telefone”. É uma situação “medonha” que somente vem confirmar a presença intensa do professor como mediador dos conflitos vivenciados pelos alunos durante as fases de desenvolvimento, pelas quais passam e não sabem como lidar com elas.
Esse assunto, simples e complexo, pode ser comparado às grandes revoluções sociais e econômicas, guerras e conflitos que, como diz Edgar Morin: “Ninguém pôde responder a estas questões no momento da escrita destas linhas, que, talvez, ficarão ainda sem resposta durante o século XXI”... “O futuro chama-se incerteza”
Não devemos nos apropriar de pensamentos para tentar justificar algo, nem problematizar ainda mais essa situação. Devemos resolvê-la, afinal estamos na linha de frente da educação. Alie-se ao computador para poder ter clareza e “atacar” o que você acha nocivo aos nossos alunos.
E você, professor, que já mantém certa distância do computador, tem mais um motivo para não utilizá-lo, certo? ERRADO! Pense nisso. Até mais!

imagem: http://www.opovo.com.br/colunas/up2date/img/631535_not_fot.jpg

15 março 2007

CONVERSANDO SOBRE INFORMÁTICA COM OS PROFESSORES

Minha experiência e muita reflexão habilitam-me para abordar um assunto tão difícil:“O informatiquês na escola”. Freqüentemente nos corredores ouvimos diálogos mais ou menos assim:INFORMÁTICA: “– Professor, vamos ter que habilitar os “logins”, dando-lhes permissões que não se choquem com os direitos herdados pelo grupo e seu perfil, além de baixarmos o service-pack e os “plugins” necessários.” PROFESSOR: “- Mas, eu só preciso usar o power point com as turmas da 6.ª série..?!.” Se você é professor e tem dificuldade em se comunicar com o “cara do CPD”, o “técnico da informática administrativa” e por aí..., saiba que seus problemas... NÃO ACABARAM! Um professor precisa trabalhar um conteúdo com os alunos e pensa em desenvolvê-lo com a área de informática educacional, porém, não sabe muito bem em que momento do projeto ou até mesmo, que softwares os alunos utilizarão, mas apenas ouviu dizer que o “power point” é muito bom para a 6.ª série. Pois bem, antes de tudo, ele precisa estruturar sua aula e imaginar em que momento os alunos poderão ir ao laboratório de informática. Também dizer que o computador será usado somente para pesquisa é muito vago !..” Você precisa justificar seu projeto não esquecendo que a informática é uma preciosa ferramenta educacional e interdisciplinar, portanto, pode colaborar muito mais com você! Para começar um projeto com o pé direito, discuta com seus Coordenadores e Educadores da área de Informática Educacional, eles entenderão o seu “pedagogês” e viabilizarão os melhores recursos dessa tecnologia. Não é que você deva evitar o contato com o técnico, afinal, os professores de informática devem entender mais de computadores que você! Evite sim, o grande abismo que se cria entre os técnicos e os professores. E também não se inclua no grupo que defende a tese de que “software é aquilo que você xinga e hardware é aquilo que você chuta”. Essa apatia não o levará a lugar algum, apenas ao distanciamento dos computadores. Essa apatia não o levará a lugar algum, apenas ao distanciamento dos computadores. Afinal o objetivo é transformar sua aula em algo muito mais inteligente, crítico, criativo e agradável !!
Pense nisso.
Até mais!
imagem:www.vooila.com/images/pages/informatica.jpg

O MITO DA EXTINÇÃO DO PROFESSOR

Amigos professores,

Vocês que sobreviveram ao “boom” de tecnologia e montagem de laboratórios de informática superequipados com máquinas de última geração, devem se lembrar bem da primeira discussão que surgiu: o comprometimento da existência do professor à partir de então. A idéia de que o computador iria substituir o professor gerou, além de todas as inseguranças possíveis com relação ao uso dessa máquina, O MITO DA EXTINÇÃO DO PROFESSOR. Se você estiver lendo esse texto, demonstra que você já superou essa insegurança e busca aquele algo mais do computador. O que é um ótimo sinal para nós da área de informática educacional. O computador é um auxiliar no qual você investe tempo, dinheiro (porque ainda é caro!) e idéias... conhecimento... busca do conhecimento... isso te leva a lembrar de algo? Pois é, quem sintonizou o pensamento em EDUCAÇÃO, imediatamente se localizou no processo. O que é a educação sem professores especialistas nas diversas áreas do conhecimento? Surgem muitas novidades quando se fala em tecnologia, mas pense comigo: a caneta não é um instrumento tecnológico do qual fazemos uso diariamente e nem nos damos conta disso? É isso! O computador não deve nos atrapalhar, e sim, colaborar conosco. Sim, você deve ter alguns cuidados antes de tê-lo que é, primeiramente, entendê-lo; depois, respeitá-lo enquanto máquina. É como um carro que você precisa respeitar a aceleração para a passagem das marchas. Não pode pará-lo bruscamente, senão pode danificar alguns dos sistemas; deve ter condições ergonômicas boas para poder conduzi-lo com conforto e dirigibilidade. Associe isso ao computador: ligar, esperar carregar o sistema operacional, acessar o conteúdo. “Seu” conteúdo, pois se você não o alimenta com conteúdo, o computador só sabe processar dados impecavelmente e, para processar, ele deve ter elementos para iniciar esse processo. Quem oferece os dados necessários para o processamento é você, usuário, e você, usuário-professor, dá o algo mais que ele não tem: conteúdo didático, pensamento, reflexões, idéias, criatividade. Identifique-se no processo educacional, o professor é a base de tudo. Por outro lado, você não deve acreditar que o uso desenfreado de tecnologias vai melhorar tudo o que você faz porque, se não há criatividade, nada acontecerá e nós, professores, o que seríamos sem nossa criatividade? De nada adianta você se preocupar em possuir o computador mais veloz, equipado com os melhores programas, implementos digitais, supermecanismos de impressão e digitalização... se você não sabe o que fazer com tudo isso. A introdução do computador desburocratiza, facilita, agiliza e também exclui. Quem nunca ouviu falar em “exclusão digital”? E, alguém ouviu falar em “Exclusão Digital Escolar?” Use o computador como um aliado. Se você é desorganizado, organize suas idéias no computador, ele oferece recursos para isso. A Exclusão Digital não existe, afinal nós nascemos sem o computador! O que existe é a Inclusão Digital. Inclua-se, apresente seu material didático feito no computador. Comece a usá-lo e quando você menos esperar vai estar querendo “mais” da máquina e fazendo-a trabalhar para você. Um conselho: também não saia por aí fazendo cursos e mais cursos sem antes saber onde você quer chegar usando o computador. É muito mais importante você fazer um curso de especialização relacionado a sua disciplina do que um curso específico de um “software qualquer, que você ouviu dizer, que fulano fez, e que usou tal programa, para fazer não-sei-o-quê”... Espere o momento oportuno para se “especializar” em computadores, alie sua intenção maior com a necessidade da prática. Daí sim faça o curso relacionado à informática que seja perfeitamente adequado à sua necessidade. Um outro bom sinal de superação: Refletir um pouco sobre essas dicas é outro sinal de que você não se incomoda mais com esse mecanismo tecnológico chamado computador, apenas o explora para melhorar o que já era bom: sua prática!
Pense nisso!
Até mais!

BLOGGERS E SUA FUNÇÃO PRIMEIRA

Olá amigos!

É comum ouvirmos nossos alunos comentando entre eles sobre os “bloggers” ou, como se popularizaram: os “blogs”. Mas, o que vem a ser um “blog”? São diários publicados na web que podem ser atualizados constante e regularmente, organizados de forma cronológica, onde o usuário pode incluir textos, fotos e até pequenos filmes. A maioria é grátis, basta ter uma conexão com a internet e muita criatividade. Os sites que oferecem esse tipo de serviço deixam, à sua disposição, vários exemplos de fundo de tela, composição de cores e design pré-criados para facilitar a vida dos internautas interessados. Então, fica fácil se ter um blog... na verdade, muito fácil. Um exemplo simples de entender: na época das olimpíadas, alguns atletas publicavam o dia-a-dia de suas equipes e assim, mantinham um relacionamento estreito com a torcida brasileira e, ao mesmo tempo, com familiares. Dava para saber tudo sobre os bastidores e a rotina da Vila Olímpica. Essa seria a principal e primeira função do blog. Informar sobre algo, sobre algum assunto de interesse específico de um grupo de pessoas, familiares, agremiações. Com a massificação da ferramenta, os exibicionistas de plantão apareceram e se apropriaram de mais esse recurso tecnológico, poderosíssimo e de longo alcance. O que podemos dizer, então, de um recurso banalizado e levado ao senso comum como um apoio extra ao público exibicionista? Tentarmos reverter e moralizar o seu uso? Quem pensou “impossível”, é isso mesmo... é impossível. Cercear o livre arbítrio e moralizar a difusão de algo “tomado” pelo grande número de usuários da internet é impossível. Mais uma vez, proponho que nós, professores, de informática ou não, tentemos reverter essa maré a nosso favor. Como fazer isso então? Experimente acessar um dia, o “blog” ou “foto-log” de um se seus alunos. É interessante a falta de assunto específico, a não ser pela própria pessoa que o publica e “alimenta”. Fulano fez seu blog e deixa sempre uma foto e, logo abaixo, seguem os comentários, a respeito da foto, ou não... geralmente, nós nem entendemos o que acontece, porque eles comentam na linguagem da “tribo dos naums” e, tratam de assuntos particulares da relação do “blogueiro” em questão e seus amigos que, tem outros “blogs” e, que aproveitam esse espaço para convidarem os freqüentadores, para fazerem uma visitinha ao seu blog em particular. Deu pra entender? É complicadinho mesmo, e simples ao mesmo tempo. Quando encontramos um amigo, ao vivo, trocamos cumprimentos, elogios e perguntamos como vão indo as coisas, ao final da breve conversa, marcamos um encontro ou trocamos os telefones para nos contatarmos em outro dia. Essa relação inter-pessoal é o que promove o “blog”. Podemos achar até um tanto “frio”, porém pode ser algo muito dinâmico e sério. A Escola e nós, professores, podemos nos apropriar desse mecanismo e promover um encontro dos alunos. Porque não usarmos o “blog” como nosso aliado? Você já parou pra pensar nessa possibilidade?
Pense nisso.
Até mais.

INFORMÁTICA EDUCACIONAL: FERRAMENTA MULTIDISCIPLINAR

Olá amigos!

Nos encontramos aqui neste blog que reúne alguns profissionais, das diferentes áreas do conhecimento, de diferentes regiões, falando sobre os aspectos que podem tornar nossa atividade (e nossa vida!) mais criativa, divertida e gratificante. É um grande prazer participar de um grupo que agrega as diferentes habilidades que cada um de nós pode oferecer para amenizar as crises e dificuldades existentes no mundo do trabalho. Esse “poder agregador” é movido pelo nosso espírito de cooperação, amizade e compromisso profissional que, graças a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, consegue reunir grupos num grande espaço comum e acessível como este portal, por exemplo. Assim é a informática educacional. Assim, deve ser o profissional de informática educacional. Conectado com tudo o que existe no mundo da informática para poder traduzir para professores, alunos e demais participantes de uma escola, agregando-os. A informática por ela mesma, na escola, não tem sentido e todos já sabemos disso. Conversando com pais nesse início de ano, é fácil perceber a carência de projetos interdisciplinares com o uso da informática. E não só os pais anseiam um trabalho pedagógico envolvente em educação e tecnologia: os alunos também. Nossos alunos quando vão para a sala de informática, imediatamente pensam em acessar os sites preferidos, os blogs dos amigos, o MSN, orkut, jogos on-line... e, se eles não são conduzidos por uma equipe que perceba essa latente carência de projetos, obviamente a rotina de uso do computador como central de jogos e entretenimento, hábitos comumente desenvolvidos em casa, nas lan-houses, cyber-cafés, lanchonetes fast-food, se estende então para a escola. Ficam nisso e pronto. Acabou. Mesmo com tecnologia de ponta, não há entusiasmo, não há situações desafiadoras. Tecnologia e informática, mais especificamente, podem oferecer muito mais! O computador permite-nos a ousadia de conhecer o mundo através de uma tela, possibilita a comunicação em tempo real com qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Como então, ele não pode ser aproveitado na escola como fonte de pesquisa, informação e produção criativa? Educadores, é preciso utilizarmos essas máquinas explorando-as em todo o seu potencial! Professores de informática, é preciso mostrar o que você sabe sobre computador, mas é urgente que você também aprenda tudo sobre o mundo da escola. É essencial que você entenda alguma coisa sobre as teorias educacionais, que você consiga enxergar o computador como ferramenta multidisciplinar para transformar essas teorias em prática. Possibilitem, ousem, inovem, estudem. O computador é muito mais do que essa condição de central de jogos e entretenimento à que está limitado em seu uso. Precisamos, todos nós que de alguma forma estamos ligados à educação, oferecer a possibilidade de nossos alunos enxergarem algo mais através da tela do computador. A importância dessas máquinas em nossa vida acadêmica e profissional é, com certeza, vital. Pensem em nossas atividades da faculdade ou dos cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado. Não deixem de pensar nos cursos à distância que é uma modalidade de ensino muito utilizada e pouco explorada, mas usa a tecnologia a serviço da educação no sentido da palavra, às vezes é subestimada em seu potencial, porém vem se desenvolvendo cada vez mais. Algumas escolas e universidades continuam investindo pesadamente em tecnologia, montando salas de aula baseadas nas mais modernas universidades do mundo como em Harvard (aquela renomada universidade americana!): lay-out tipo ferradura, com mesas dispostas sobre degraus, visando garantir a visibilidade dos alunos de qualquer ponto da sala e aumentar a interação; pontos de conexão à internet em todas as mesas para os alunos pendurarem seus notebooks com ou sem fio, painel para projeções de DVDs e apresentações multimídia, dentre muitas outras inovações, porém, mesmo com todo esse investimento, permanece a preocupação em manter o contato entre professor e aluno e ainda mais: o quadro negro (ou branco) permanece, e o professor, continua imprescindível. Não precisaremos converter nossas simples salas de informática em verdadeiras salas high-tech, basta somente um estudo maior das possibilidades tecnológicas e uma “pequena revolução” em nossa mentalidade de educadores.
Pense nisso.
Até mais!
imagem:www.a248.e.akamai.net/.../produtos/165/42991.jpg

13 março 2007

COORDENADORES PEDAGÓGICOS NA ESCOLA

Olá amigos,

Falar sobre o papel do Coordenador Pedagógico é um assunto delicado e, ao mesmo tempo, fácil.

Delicado pela posição em que esta figura ocupa na escola, onde ele deve manter o grupo de professores afinados com os conteúdos e com a linha pedagógica da escola; fácil quando vemos pesquisas apontarem que 26% dos coordenadores não promovem formação de professores nas escolas públicas*. Outros 39% afirmam que o Coordenador se reúne com a equipe periodicamente para estudar temas relacionados à proposta pedagógica da escola (nem tudo está perdido!).Agora, o dado que deixa-nos preocupados é que, 19% desse total de participantes da enquete da Revista Nova Escola na web, afirmam que O coordenador não faz formação e concentra seus esforços para resolver problemas de indisciplina dos alunos. Se somarmos esses 19% com os 39%, teríamos uma grande fatia dessa pizza dedicada à formação de professores, porém isso não acontece. E nas escolas particulares? Qual é o quadro? Eu, enquanto professor da rede particular, posso afirmar que os resultados não seriam muito diferentes destes apresentados. O que é uma pena, pois o trabalho do Coordenador deveria ter um foco maior nos objetivos pedagógicos que os professores devem seguir. Temos a figura do Diretor Pedagógico, que garante os fundamentos pedagógicos da escola e sua equipe docente, mas é tanta burocracia, tantos problemas com indisciplina de alunos e professores que essas duas peças-chave da escola estão se desvirtuando de suas atribuições.Vamos torcer para a reversão desses números, afinal, a figura do Coordenador Pedagógico não pode se limitar a acompanhar alunos e sua indisciplina.

Pense nisso.

Até mais!