17 julho 2007

GERAÇÃO AUTO-DIDATA EM TECNOLOGIA EDUCACIONAL

O uso das tecnologias na educação tem provocado muitos educadores. Educadores que, certamente, encontram-se incomodados com o futuro e com o presente da escola.
Da mesma forma com que nossos alunos estão conhecendo e dominando essas tecnologias, vem surgindo um grupo de ex-alunos preocupados com a formação destes atuais alunos.
Então, a meninada está se auto-gerindo, se organizando e se preparando para o futuro. Mas o que é o futuro se não nos basearmos em experiências anteriores, onde aprendemos errando e aperfeiçoamos nossa prática docente?
Conversando com uma colega especialista em informática educacional na escola pública, pude notar a preocupação e o zelo existente em vários dos projetos criados especialmente para a formação de professores, só que, quem acaba sendo protagonista destes projetos são os alunos. Os alunos, nossa principal fonte de experiência, acabam nos ensinando sempre. E o interesse despertado nos alunos, segundo essa companheira, experiente educadora, foi a melhor maneira de incluir digitalmente os professores nos projetos! E ainda, se valendo desse plano, a coisa vem dando certo! Não é nada absurdo. Pelo contrário, é uma alternativa criativa, motivadora e eficaz! Os professores estão aderindo aos projetos e utilizando o computador. Essa busca do conhecimento constante por parte dos alunos visa preencher lacunas vivenciadas por eles mesmos; curiosidades que não são despertadas por nós, seus professores. Será que é assim que deve funcionar? Uma geração de auto-didatas se preparando para resolver os próprios problemas com ênfase na sociedade da informação? E os mediadores deste processo? O uso do computador, que pode ser considerado como um dos principais meios tecnológicos utilizados atualmente, remete essa geração ao desfrute dos benefícios e da praticidade oferecida para os momentos de aprendizagem. E nós professores? Quando vamos estar preparados para essa geração?
Recentemente após a leitura de um livro* que narra a busca de um executivo pela própria essência e espiritualidade, pude acompanhar como é possível abandonar uma brilhante carreira para se tornar monge, e depois poder ensinar de forma clara e agradável os princípios fundamentais de liderança. Será que é preciso fazer com que nossos professores busquem sua essência para poder saber lidar com nossos atuais alunos?
Chego a conclusão de que, somente depois de dar o melhor de nós no trabalho educativo e podermos nos relacionar melhor com nossos alunos, além de sabermos nos relacionar melhor com nós mesmos através da troca de idéias e de discussões constantes, poderemos então, abrir novos horizontes em nossa forma de lidar com os outros. Será preciso nos tornarmos pessoas melhores para lidarmos com essa geração!
A responsabilidade do professor, (que já é tanta!) deve incorporar ainda mais, esses ingredientes! Pense nisso. Até mais!

Texto publicado em: www.vinhedonet.com.br em: 05/mai/05
republicado aqui pela relevância do tema.
*O Monge e o Executivo – Uma história sobre a essência da liderança - Hunter, James C. / Ed. Sextante

EAD – Educação à Distância

Olá amigos!

1“A educação a distância teve início com os cursos por correspondência, que existem desde o século 18. De lá para cá muita coisa mudou. E a evolução das tecnologias de comunicação foi um dos grandes responsáveis pela expansão do setor ocorrida nos últimos dez anos.”

Como todos sabem, as dificuldades que encontramos em sala de aula são inúmeras, mas eis que surge algo que talvez colabore para minimizar essas dificuldades: o ensino à distância.
Existem os cursos de imersão, onde você participa presencialmente durante alguns dias por mês; os cursos totalmente on-line, onde você deve se conectar regularmente para acessar ao ambiente virtual e saber sobre as tarefas, participar dos fóruns ativos e deixar seus comentários e impressões sobre os assuntos. Nesse ambiente virtual ficam gravadas as suas navegações e toda a sua interação para que os tutores* acompanhem sua evolução e entendimento com relação às disciplinas.
Muito bem estruturados, os cursos dessa modalidade exigem dedicação e estudo e, para quem pensava que nesses cursos a exigência é fácil de ser driblada, engana-se: a disciplina é fundamental, a leitura e a participação/interação também, na verdade você está sendo avaliado o tempo todo!
Existem muitos cursos disponíveis, das menores até as mais renomadas instituições de ensino superior. O futuro caminha com certa velocidade para a otimização do nosso tempo de formação e estudo e, para quem tem os dias e as noites muito ocupados, basta trocar um período de 6 a 8 horas de estudo diários por 1 hora e meia em frente ao computador (no mínimo) por dia. Resolvemos assim as dificuldades de deslocamento até o local de estudo que, dependendo de qual região de São Paulo estamos falando, 1 hora e meia é o tempo mínimo que você fica parado no trânsito caótico. Um dos fatores importantes também é a possibilidade de se “frequentar” um curso à distância que seja ministrado de outros estados ou países. Isso é a modernidade!
Como não poderia deixar de ser, experimentei alguns desses cursos para ir apresentando mais algumas das possibilidades pelas quais você poderá se atualizar e “azeitar” a sua formação acadêmica; vale a pena fazer, não somente um, mas vários cursos à distância, até pelo preparo que esses cursos nos oferecem com relação a atualização profissional e pelo ritmo que nos faz imprimir nos estudos, voltando assim nossa carreira para esse mercado cada vez mais competitivo. Mais uma vez, são provas de que não poderemos fugir da tecnologia. Caro Professor, caríssima Professora, estamos cercados por tecnologia. Não está na hora de se render aos encantos e desafios desse novo mundo? Pense nisso. Até mais!


1 Disponível em: http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/168_dez03/html/tutor
Acesso em: 17/out/2005
* um tutor é um profissional qualificado para fazer a mediação entre os conteúdos oferecidos pelas instituições de ensino e os estudantes.

16 julho 2007

ALUNOS E PROFESSORES NO ORKUT

A grande rede de relacionamento que surgiu há algum tempo continua sendo a líder de aproximações entre as pessoas!
Entre alunos e professores não é diferente. Ela aproxima todo mundo que tenha perfil por lá. O interessante é que ainda não se descobriu uma utilização pedagógica para isso. Nem sei se seria o caso de desenvolvermos o seu uso para a escola (ainda não desisti!); penso que se apenas conscientizarmos nossos alunos para o uso desse recurso já será algo bastante educativo.
Por ora, a forma de expressão de alguns alunos é que precisa ser acompanhada, tanto pela escola como pela família; e aí surgem os problemas: tem professor que ainda não sabe o que é orkut; tem professor que “sabe”, mas não criou seu perfil lá por precaução; tem professor que nem quer saber. Criar o perfil para entender o orkut é o mínimo que se pede para quem quer “conhecer” esse ambiente. Porque senão esse professor vai continuar amedrontado com o desconhecido mundo virtual. Confesso que não é muito legal ver seu nome sendo escrito por alunos em uma eleição tipo: “qual o professor mais otário do colégio”; ou ainda, “qual o professor que você menos gosta”. E tudo isso, na forma de “enquetes”, coisa que talvez nossos alunos nem tenham aprendido em sala de aula! Porém, é melhor “desencanar” dessas coisas, mas não se afaste muito desse mundo, por isso vivo incentivando meus colegas a terem seu perfil criado virtualmente. Você encontra coisas boas, pessoas que não vê faz tempo, amigos velhos, ex-alunos brilhantes. Esse é o lado legal. Agora, vendo pelo lado “legal” da coisa, muito ainda está sendo discutido e nos noticiários já temos até denúncias de abuso e outras coisas ilícitas dentro desse mundo virtual que interfere pontualmente em nosso mundo real e presencial.
Não se afete por possíveis comunidades ou enquetes do tipo “eu odeio o professor fulano de tal”, mas, não deixe de se importar com isso, mesmo que seja inicialmente algo inocente ou coisa de adolescente; isso pode virar uma transposição do bullying real para o bullying virtual e daí para mais ofensas e coisas muito mais graves é um pulinho!