15 março 2007

O MITO DA EXTINÇÃO DO PROFESSOR

Amigos professores,

Vocês que sobreviveram ao “boom” de tecnologia e montagem de laboratórios de informática superequipados com máquinas de última geração, devem se lembrar bem da primeira discussão que surgiu: o comprometimento da existência do professor à partir de então. A idéia de que o computador iria substituir o professor gerou, além de todas as inseguranças possíveis com relação ao uso dessa máquina, O MITO DA EXTINÇÃO DO PROFESSOR. Se você estiver lendo esse texto, demonstra que você já superou essa insegurança e busca aquele algo mais do computador. O que é um ótimo sinal para nós da área de informática educacional. O computador é um auxiliar no qual você investe tempo, dinheiro (porque ainda é caro!) e idéias... conhecimento... busca do conhecimento... isso te leva a lembrar de algo? Pois é, quem sintonizou o pensamento em EDUCAÇÃO, imediatamente se localizou no processo. O que é a educação sem professores especialistas nas diversas áreas do conhecimento? Surgem muitas novidades quando se fala em tecnologia, mas pense comigo: a caneta não é um instrumento tecnológico do qual fazemos uso diariamente e nem nos damos conta disso? É isso! O computador não deve nos atrapalhar, e sim, colaborar conosco. Sim, você deve ter alguns cuidados antes de tê-lo que é, primeiramente, entendê-lo; depois, respeitá-lo enquanto máquina. É como um carro que você precisa respeitar a aceleração para a passagem das marchas. Não pode pará-lo bruscamente, senão pode danificar alguns dos sistemas; deve ter condições ergonômicas boas para poder conduzi-lo com conforto e dirigibilidade. Associe isso ao computador: ligar, esperar carregar o sistema operacional, acessar o conteúdo. “Seu” conteúdo, pois se você não o alimenta com conteúdo, o computador só sabe processar dados impecavelmente e, para processar, ele deve ter elementos para iniciar esse processo. Quem oferece os dados necessários para o processamento é você, usuário, e você, usuário-professor, dá o algo mais que ele não tem: conteúdo didático, pensamento, reflexões, idéias, criatividade. Identifique-se no processo educacional, o professor é a base de tudo. Por outro lado, você não deve acreditar que o uso desenfreado de tecnologias vai melhorar tudo o que você faz porque, se não há criatividade, nada acontecerá e nós, professores, o que seríamos sem nossa criatividade? De nada adianta você se preocupar em possuir o computador mais veloz, equipado com os melhores programas, implementos digitais, supermecanismos de impressão e digitalização... se você não sabe o que fazer com tudo isso. A introdução do computador desburocratiza, facilita, agiliza e também exclui. Quem nunca ouviu falar em “exclusão digital”? E, alguém ouviu falar em “Exclusão Digital Escolar?” Use o computador como um aliado. Se você é desorganizado, organize suas idéias no computador, ele oferece recursos para isso. A Exclusão Digital não existe, afinal nós nascemos sem o computador! O que existe é a Inclusão Digital. Inclua-se, apresente seu material didático feito no computador. Comece a usá-lo e quando você menos esperar vai estar querendo “mais” da máquina e fazendo-a trabalhar para você. Um conselho: também não saia por aí fazendo cursos e mais cursos sem antes saber onde você quer chegar usando o computador. É muito mais importante você fazer um curso de especialização relacionado a sua disciplina do que um curso específico de um “software qualquer, que você ouviu dizer, que fulano fez, e que usou tal programa, para fazer não-sei-o-quê”... Espere o momento oportuno para se “especializar” em computadores, alie sua intenção maior com a necessidade da prática. Daí sim faça o curso relacionado à informática que seja perfeitamente adequado à sua necessidade. Um outro bom sinal de superação: Refletir um pouco sobre essas dicas é outro sinal de que você não se incomoda mais com esse mecanismo tecnológico chamado computador, apenas o explora para melhorar o que já era bom: sua prática!
Pense nisso!
Até mais!

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